quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Novas pesquisas comprovam benefícios da aspirina diária

Aspirina medicamento

A partir dos 45 anos, remédio pode proteger contra doenças cardíacas e câncer


Por: veja.abril.com.br/
Pessoas com mais de 45 anos deveriam pensar em ingerir uma pequena dose diária de aspirina para se proteger contra doenças cardiovasculares e até câncer, concluiu um painel de analistas na Grã-Bretanha nesta quarta-feira, segundo o jornal The Daily Telegraph. Para os participantes, cada vez há mais provas de que os benefícios do remédio para pessoas de meia idade superam os eventuais efeitos secundários.
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Um estudo de cientistas da Universidade de Oxford, publicado na revista médica The Lancet, já indica que tomar diariamente 75 miligramas de aspirina durante cinco anos reduz em 25% o risco de desenvolver câncer do cólon - e as mortes em decorrência da doença também caem em um terço. Conforme a pesquisa, a ingestão periódica do medicamento poderia salvar milhares de vidas todos os anos.
O professor Peter Rothwell, neurologista de Oxford que dirigiu o estudo sobre o câncer colorretal e participou do debate, contou que já começou a tomar sua dose de aspirina. "Suspeito que dentro de cinco ou dez anos, estaremos receitando aspirinas às pessoas de meia idade e não só pelos benefícios vasculares que se conhecem". Rothwell ainda considera "sensato" as pessoas adotarem a rotina de ingerir o remédio diariamente a partir dos 45 anos, uma vez que entre os 40 e os 55 anos o risco de câncer aumenta significativamente.
O professor Peter Elwood, da Faculdade de Medicina da Universidade de Cardiff (Reino Unido), que dirigiu o primeiro estudo sobre os efeitos da aspirina em doenças cardiovasculares, afirmou que "estamos diante de um marco de enorme importância para a comunidade em geral". Outros analistas advertem, no entanto, que a aspirina pode dobrar a incidência de hemorragias gastrintestinais, que é atualmente de uma para mil pessoas ao ano. "O problema é que se recomendarmos algo a toda a população, teremos de enfrentar os efeitos secundários", ressalva o professor de genética John Burns, da Universidade de Newcastle.

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